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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Análise - God of War


Criado em 2005 por David Jaffe, God of War conseguiu impressionar por um bom roteiro, mesclando os principais elementos da mitologia grega com a história do violento espartano Kratos.
A trama inicia mostrando o protagonista se jogando de um penhasco. Após o inicio da queda, a história volta no tempo e conta quando a deusa Atena pede a ajuda de Kratos para derrotar Ares, que está atacando uma de suas cidades. O espartano decide ajudar, porque deseja se vingar do deus da guerra pelo fato dele ter influenciado na morte de sua família.
O roteiro é simples e bem produzido, apresentando um protagonista com desejo de vingança e repleto de emoções, que se utiliza da violência para combater todos que entram em seu caminho. A construção do personagem é um dos pontos altos do título e ao mesmo tempo em que apresenta um caráter muitas vezes desumano, a história revela que Kratos possui sentimentos e se importa com algumas pessoas.
Em sua jornada, o jogador vai atravessar diversos lugares e vai se deparar com muitos elementos da mitologia, como a famosa caixa de Pandora, que no jogo é o único artefato capaz de dar poderes para um mortal matar um deus. Tudo isso é muito bem explorado no game e impressiona pela riqueza de detalhes, mostrando mais uma vez que o videogame pode incentivar o conhecimento e ao mesmo tempo divertir o público.
O que mais impressiona é qualidade dos gráficos, que exploram muito bem o hardware do Playstation 2. A beleza e o nível de detalhes dos cenários, do protagonista, dos inimigos e principalmente de Ares, que logo no inicio do jogo aparece em sua versão imensa, maior que um prédio, atacando a cidade de Atena. Outro momento que impressiona é quando Kratos convoca o Titã Cronos, que aparece no meio de um deserto com o Templo de Pandora preso em suas costas. Sem dúvida, as imagens são sensacionais e mostram uma riqueza absurda de detalhes para a época.
A trilha sonora também é marcante com um som orquestrado repleto de momentos grandiosos dignos de um épico hollywoodiano, que exaltam o clímax da história e tornam inesquecíveis alguns momentos. A dublagem também foi muito bem produzida, principalmente pela ótima escolha das vozes de Linda Hunt, como narradora e Terrence C. Carson, como Kratos.
O jogo é um típico hack’n’slash, em que o jogador enfrenta diversas hordas de inimigos conforme avança na aventura. A diferença é que o título alterna em alguns momentos o combate com exploração e puzzles, tornando a gameplay mais diversificada e mais agradável para os jogadores.
A jogabilidade também é um dos pontos positivos do título e possui ótimos comandos, principalmente nos combates em que existe uma boa gama de golpes e poderes que o jogador pode utilizar. Os controles estão bem sincronizados e são eficientes durante a aventura. Outro elemento muito bem utilizado foi os Quick Time Events, uma espécie de minigame em que o jogador tem que apertar uma sequência de botões para finalizar as criaturas maiores de forma violenta.
Para tentar manter o clima épico, a câmera utiliza ângulos bem abertos em alguns momentos com o objetivo de enfatizar a grandiosidade dos cenários. A ideia é boa e esteticamente fica muito bonito, mas em alguns momentos essa mudança de câmera pode atrapalhar.
Além do modo história, o jogo tem um modo chamado Challenge of Gods, que é um verdadeiro desafio pelo nível de dificuldade das missões, que variam entre matar determinado número de criaturas ou derrubar uma quantidade de inimigos da plataforma com um tempo limitado. Essa modalidade dá um fôlego a mais para o título que não possui a opção de multiplayer. Com certeza, God of War é um jogo essencial para qualquer dono de Playstation 2 ou 3 e garante boas horas de divertimento.

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