Após atrasos na liberação da demo, a Naughty Dog finalmente
disponibilizou o conteúdo no último dia 31 de maio numa amostra com pouco tempo
de duração. Ao iniciar a demonstração, a primeira coisa que podemos notar é a
qualidade dos gráficos que superam com facilidade o que foi visto em Uncharted
3, último game da série protagonizada por Nathan Drake. Os cenários são
realistas com prédios enormes e construções destruídas. Isso ficou excelente
porque contribuiu para aumentar o clima de sobrevivência presente na aventura.
Na demo, somente um pouco da história é mostrada e
acompanhamos Joel, Ellie e a sobrevivente Tess andando pelas ruas e fugindo dos
infectados. A premissa da trama é muito interessante e lembra bastante o filme
Eu sou a Lenda em que uma parcela da população foi contaminada por um vírus que
os transformou em monstros deformados. Os inimigos também são muito bem feitos
e o realismo impressiona, contribuindo bastante para empolgar o jogador nas
situações tensas da trama.
Esse clima de sobrevivência é muito utilizado e o jogador em
alguns momentos tem que se esconder dos infectados e lançar um objeto na
direção oposta dos inimigos para conseguir uma distração suficiente para passar
pelos cenários em segurança. É um jogo que mistura ação e suspense na medida
certa, pois ao abrir uma porta em um lugar mal iluminado, você fica tenso achando
que algum infectado pode aparecer do nada e te atacar. Sem dúvida esse é o
grande trunfo de The Last of Us, ao unir uma incrível narrativa, excelentes
gráficos e um sistema de jogo consistente para melhorar a experiência e a
imersão do jogador, mesclando elementos de survival horror, ação e furtividade.
Ao andar pelos prédios, Joel pode pegar objetos e
utilizá-los para melhorar seus equipamentos. Para sobreviver em sua jornada, o
jogador precisa economizar munição e kits de remédio, pois a quantidade é
limitada e se você não controlar o uso ficará difícil prosseguir na aventura.
Uma novidade bem interessante é o sistema para utilizar
medicamentos, quando Joel começa a tratar algum ferimento, ele fica vulnerável
aos ataques dos inimigos, isso obriga o jogador a criar uma estratégia para
decidir o melhor momento e o lugar para iniciar o tratamento médico. Apesar de
ser pouco explorado na demonstração, provavelmente na aventura completa será um
dos desafios que o jogador terá pela frente.
A jogabilidade tem alguns elementos de Uncharted,
principalmente na movimentação do personagem e no controle da câmera.
Entretanto, Joel anda um pouco mais devagar que Nathan Drake, claro que isso
não é problema já que os objetivos e o estilo dos jogos são bem diferentes.
Porém, em The Last of Us é possível correr ao acionar o botão L2. Outra
diferença é o sistema de tiro que ficou um pouco mais limitado nessa nova
série.
Os combates só acontecem em alguns momentos, principalmente
no final da demonstração em que Joel tem que matar todos os infectados de uma
sala para que suas companheiras possam descer do lugar. O melhor nesse caso é
atacar cada inimigo por vez para não alertar os demais e evitar um confronto
maior, caso você use sua lanterna ou dispare com sua arma, os outros infectados
irão te atacar ao mesmo tempo e você correrá um grande risco de morrer. Caso
algum deles te ataque, será necessário pressionar determinados botões no
momento certo e revidar as investidas dos inimigos, caso você erre o ser
contaminado irá te morder na região entre o pescoço e o ombro e aí você terá
que reiniciar do último checkpoint.
A dublagem em português ficou boa. Pela demonstração já é
possível notar o belo trabalho na edição e dos profissionais que emprestaram
suas vozes aos personagens. No geral, The Last of Us tem excelentes gráficos,
uma boa jogabilidade e uma história que promete agradar pelo clima tenso. Pela
demo, já é possível notar que a Naughty Dog fez um jogo incrível, provavelmente
será um dos títulos mais marcantes do Playstation 3.
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